vou ter que inventar palavra
pra isso que não é saudade
mas vive na memória
pra essa vontade
que é também distância.
porque não há palavra apropriada
pra essa mistura
de raiva e desejo
nem pra sede de te saber
mesmo sem querer.
vou ter que inventar sentido
pra nossa história vivida
sempre prestes a acontecer
uma pausa no repeat,
um tempo que não existe.
vou reinventar o dicionário
e criar nosso próprio
léxico silencioso.
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
cruz-credo
que falta de fé
que me acomete
de sorriso
de simpatia
falta de permanência
essa que me assola
os pés
a mente
e o afeto
andarilha de mim
mosaico de dores
humanidade indigesta.
que me acomete
de sorriso
de simpatia
falta de permanência
essa que me assola
os pés
a mente
e o afeto
andarilha de mim
mosaico de dores
humanidade indigesta.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
fronteiriça
emaranhada nos mistérios da tua barba, inventei sorriso e palavra. fui de meninice e de pura lascívia. desvendei curvas e pintas e até fiz casa nos cantos mais bonitos do teu corpo. me enrosquei irremediavelmente nos pêlos do teu queixo
e lá permaneci,
entorpecida.
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