me arrisco
em precipícios obscuros
porque a superfície
é tediosa
e seus caminhos
não cabem
meus passos tortos.
mergulho
em águas violentas
porque a calmaria da terra
me sufoca.
e mesmo sem saber nadar,
sou fluxo.
só sei ser inteira,
mesmo que suicida
mesmo que em pedaços,
porque as metades
são disfarces.
e quando recolho os cacos,
sei que transbordo
amor.
terça-feira, 30 de julho de 2013
segunda-feira, 15 de julho de 2013
sexta-feira, 12 de julho de 2013
da pequena falta
tua ausência
pesa.
e eu
emaranhada
em delírios.
tua distância
quebra.
me fragmento
em dores
desconhecidas.
teu silêncio
nega.
e minha palavra
desperta
indizível.
pesa.
e eu
emaranhada
em delírios.
tua distância
quebra.
me fragmento
em dores
desconhecidas.
teu silêncio
nega.
e minha palavra
desperta
indizível.
segunda-feira, 8 de julho de 2013
quarta-feira, 3 de julho de 2013
terça-feira, 2 de julho de 2013
indizível
é que nenhum verso condiz com a grandeza condensada no tamanho das suas mãos. e não há narrativa na literatura que dê conta de descrever a feitiçaria da sua nuca. esse olhar que engole razão não tem lugar na prosa. e nenhum romance é capaz de contextualizar seus encantos ou sutilezas.
é preciso reinventar linguagem e tudo que se sabe nesse mundo. porque você não cabe. nem transborda. você é todo o sentido.
segunda-feira, 1 de julho de 2013
#líquidas II
imagem
que martela
na cabeça
palavra
que confessa
o desatino.
suas pernas
se encaixam
nas minhas
e eu
viro rio.
que martela
na cabeça
palavra
que confessa
o desatino.
suas pernas
se encaixam
nas minhas
e eu
viro rio.
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