tenho desejos que eu mesma desconheço.
pra quê tantas certezas, métodos e padrões?
terça-feira, 27 de maio de 2008
maio
geminiana de infinitas possibilidades,
qualquer leitura parece plausível.
exercite a inintelegibilidade
aposte no imprevisível
e confirme tudo com a certeza
de quem nada sabe do amanhã,
e nada espera também.
de ar,
de fluidez,
de dispersão.
sentidos livres
entrelaçados em desordem.
qualquer leitura parece plausível.
exercite a inintelegibilidade
aposte no imprevisível
e confirme tudo com a certeza
de quem nada sabe do amanhã,
e nada espera também.
de ar,
de fluidez,
de dispersão.
sentidos livres
entrelaçados em desordem.
segunda-feira, 26 de maio de 2008
quarta-feira, 21 de maio de 2008
silencio - no hay banda
tenho silenciado
versos
gestos
afetos.
meu grito foi amordaçado
pelo escudo que criei
pra mim.
o silêncio reverbera.
versos
gestos
afetos.
meu grito foi amordaçado
pelo escudo que criei
pra mim.
o silêncio reverbera.
terça-feira, 20 de maio de 2008
quinta-feira, 15 de maio de 2008
anamnese - daquilo que satisfaz e dilacera
LEMBRANÇA. rememoração feliz e/ ou lancinante de um objeto, de um gesto, de uma cena, ligados ao ser amado, e marcada pela intromissão do imperfeito na gramática do discurso amoroso.
.
[...] o imperfeito é o tempo do fascínio: tudo parece estar vivo e entretanto nada se move. [...] esse teatro do tempo é exatamente o contrário da busca do tempo perdido; pois eu me lembro pateticamente, pontualmente, e não filosoficamente, discursivamente: lembro-me para ser infeliz/ feliz - não para entender. [...]
.
.
de Roland Barthes, em fragmentos de um discurso amoroso.
terça-feira, 13 de maio de 2008
para ser engavetado
as confissões noite adentro
e o carinho de dedos entrelaçados.
o suor, a palavra ao pé do ouvido,
as mordidas, gemidos e gozo.
tudo, premeditadamente,
engavetado.
com as músicas cantaroladas
e as risadas em voz alta.
os corpos encaixados sob o edredon
e a tarde de cumplicidade doce.
os cheiros e sorrisos,
o cafuné e o colo.
tudo, cuidadosamente,
engavetado.
embaixo dos versos
em papéis amassados.
e o carinho de dedos entrelaçados.
o suor, a palavra ao pé do ouvido,
as mordidas, gemidos e gozo.
tudo, premeditadamente,
engavetado.
com as músicas cantaroladas
e as risadas em voz alta.
os corpos encaixados sob o edredon
e a tarde de cumplicidade doce.
os cheiros e sorrisos,
o cafuné e o colo.
tudo, cuidadosamente,
engavetado.
embaixo dos versos
em papéis amassados.
quinta-feira, 8 de maio de 2008
quarta-feira, 7 de maio de 2008
das que falam por mim
you wanna make me sick,
you wanna lick my wounds, don't you, baby?
you want the badge of honour when you save my hide
but you're the one in the way of the day of the doom, baby
if you need my shame to reclaim your pride...
when I think of it, my fingers turn to fists
I never did anything to you, man
no matter what I try, you'll beat me with your bitter lies
so call me crazy, hold me down, make me cry, get off now, baby
It won't be long 'till you'll be lying limp in your own hands!
you feed the beast I have within me
you wave the red flag, baby you make it run run run
standing on the sidelines, waving and grinning
you fondle my trigger, then you blame my gun
[fiona apple - limp]
you wanna lick my wounds, don't you, baby?
you want the badge of honour when you save my hide
but you're the one in the way of the day of the doom, baby
if you need my shame to reclaim your pride...
when I think of it, my fingers turn to fists
I never did anything to you, man
no matter what I try, you'll beat me with your bitter lies
so call me crazy, hold me down, make me cry, get off now, baby
It won't be long 'till you'll be lying limp in your own hands!
you feed the beast I have within me
you wave the red flag, baby you make it run run run
standing on the sidelines, waving and grinning
you fondle my trigger, then you blame my gun
[fiona apple - limp]
terça-feira, 6 de maio de 2008
segunda-feira, 5 de maio de 2008
me disse que solidão era inventada
coisa que não existe
história pra boi dormir.
me disse que vazio era bobagem
coisa pouca
esquece que logo passa.
me disse que tristeza era segredo
coisa sem beleza
que se esconde e apaga.
e eu,
que até admitia
que o amor
fosse mentira,
ri e desacreditei:
dor é coisa de quem imagina. e gosta.
coisa que não existe
história pra boi dormir.
me disse que vazio era bobagem
coisa pouca
esquece que logo passa.
me disse que tristeza era segredo
coisa sem beleza
que se esconde e apaga.
e eu,
que até admitia
que o amor
fosse mentira,
ri e desacreditei:
dor é coisa de quem imagina. e gosta.
quinta-feira, 1 de maio de 2008
para que sobre nada
comece se confessando para quem não deveria saber nada sobre você.
acolha suas dores como as companheiras mais fiéis e fale delas apenas para desconhecidos.
mexa nas gavetas que transbordam o passado, veja fotos antigas, versos endereçados a você e emails recebidos no raiar do dia. e memorize o sorriso que não te cabe mais.
pense nos porquês ouvidos. e nos ditos e não ditos também.
quando adentrar a madrugada, ouça Rachael Yamagata, e não se esqueça do romantismo que não te pertence.
se alguma lágrima ameaçar, silencie. ela evapora.
Assinar:
Postagens (Atom)