quinta-feira, 15 de maio de 2008

anamnese - daquilo que satisfaz e dilacera

LEMBRANÇA. rememoração feliz e/ ou lancinante de um objeto, de um gesto, de uma cena, ligados ao ser amado, e marcada pela intromissão do imperfeito na gramática do discurso amoroso.
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[...] o imperfeito é o tempo do fascínio: tudo parece estar vivo e entretanto nada se move. [...] esse teatro do tempo é exatamente o contrário da busca do tempo perdido; pois eu me lembro pateticamente, pontualmente, e não filosoficamente, discursivamente: lembro-me para ser infeliz/ feliz - não para entender. [...]
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de Roland Barthes, em fragmentos de um discurso amoroso.

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