sob os lençóis,
o desejo era que
fossem tuas as mãos
que percorriam meu corpo.
[é preciso acabar de vez com essa vontade descabida]
quinta-feira, 26 de junho de 2008
para se jogar fora
nesse seu vai-e-vem,
você vem e inventa saudade,
fala de ternura e de tesão.
coloca poesia nas entrelinhas,
charme no desconhecido,
monta e desmonta minha confusão.
desenha memórias com palavras.
tão fluidas.
tão doces e ásperas.
confessa desejo
e me tira o fôlego perguntando
"você também?"
pois que agora
eu quero a verdade
dos corpos entrelaçados
e as promessas despedaçadas.
eu quero confissões noite adentro.
você vem e inventa saudade,
fala de ternura e de tesão.
coloca poesia nas entrelinhas,
charme no desconhecido,
monta e desmonta minha confusão.
desenha memórias com palavras.
tão fluidas.
tão doces e ásperas.
confessa desejo
e me tira o fôlego perguntando
"você também?"
pois que agora
eu quero a verdade
dos corpos entrelaçados
e as promessas despedaçadas.
eu quero confissões noite adentro.
sexta-feira, 20 de junho de 2008
nos versos de outra
me explico,
me confundo,
me confesso
nas palavras de outra.
porque Hilda fala por mim.
(e comigo)
---
e por que haverias de querer minha alma
na tua cama?
disse palavras líquidas, deleitosas, ásperas
obscenas, porque era assim que gostávamos.
mas não menti gozo prazer lascívia
nem omiti que a alma está além, buscando
aquele Outro. e te repito: por que haverias
de querer minha alma na tua cama?
jubila-te da memória de coitos e de acertos.
ou tenta-me de novo. obriga-me.
me confundo,
me confesso
nas palavras de outra.
porque Hilda fala por mim.
(e comigo)
---
e por que haverias de querer minha alma
na tua cama?
disse palavras líquidas, deleitosas, ásperas
obscenas, porque era assim que gostávamos.
mas não menti gozo prazer lascívia
nem omiti que a alma está além, buscando
aquele Outro. e te repito: por que haverias
de querer minha alma na tua cama?
jubila-te da memória de coitos e de acertos.
ou tenta-me de novo. obriga-me.
terça-feira, 17 de junho de 2008
terça de outono-inverno
passar tanto tempo no ônibus vale mais a pena quando se tem um fone de ouvido para oscilar entre rockzinhos e baladas.
.
a cidade amanheceu coberta de neblina,
e eu me lembrei como gosto do cinza.
talvez porque, do surgir por entre os tons de cinza, as cores me parecem tão mais vivas.
o verde da casa modesta no meio do nada.
o amarelo dos ipês da asa sul e o rosa dos ipês da esplanada.
o roxo da janela no alto do prédio.
e o vermelho das unhas, da bolsa e do sapato.
.
talvez, da mesma forma, eu prefiro ser lida nas entrelinhas, sem confissões escancaradas.
.
a cidade amanheceu coberta de neblina,
e eu me lembrei como gosto do cinza.
talvez porque, do surgir por entre os tons de cinza, as cores me parecem tão mais vivas.
o verde da casa modesta no meio do nada.
o amarelo dos ipês da asa sul e o rosa dos ipês da esplanada.
o roxo da janela no alto do prédio.
e o vermelho das unhas, da bolsa e do sapato.
.
talvez, da mesma forma, eu prefiro ser lida nas entrelinhas, sem confissões escancaradas.
segunda-feira, 16 de junho de 2008
quinta-feira, 12 de junho de 2008
quarta-feira, 11 de junho de 2008
do que me cansa
pra quê tanta mágoa?
tanta coisa pequena de gente que a gente nem sabe.
pra quê tanto recado mal dado e espinhos insistentes?
é tanto sorriso que transborda só pela tristeza alheia...
essa coisa de jogar na cara, de se fazer melhor, de ser inveja e ego.
pra quê?
.
de tanta vaidade descabida,
dores escondidas,
felicidade fingida,
vai acabar restando nada.
.
vai ver é que de tanta indiferença, já me falta entendimento.
tudo bem.
acendo meu cigarro, peço meu expresso e faço de conta que a espera é breve.
segunda-feira, 9 de junho de 2008
quinta-feira, 5 de junho de 2008
por junho
posse intemporal
fazer amor contigo
não é espelhar teu corpo nu
no vítreo do meu espaço
não é sentir-me possuída
ou possuir-te
é ir buscar-te
ao abismo de milênios de existência
e trazer-te livre.
manuela amaral
fazer amor contigo
não é espelhar teu corpo nu
no vítreo do meu espaço
não é sentir-me possuída
ou possuir-te
é ir buscar-te
ao abismo de milênios de existência
e trazer-te livre.
manuela amaral
terça-feira, 3 de junho de 2008
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