transborda idiotice
desses versos
desses sorrisos
desses agrados.
e eu pulso.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
domingo, 24 de fevereiro de 2008
AMAR O AMOR
ANULAÇÃO. Onda de linguagem no curso da qual o sujeito acaba por anular o objeto amado sob o volume do próprio amor: por uma perversão propriamente amorosa, é o amor que o sujeito ama, não o objeto.
de Roland Barthes, em fragmentos de um discurso amoroso.
de Roland Barthes, em fragmentos de um discurso amoroso.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
Owen
Owen parecia se acomodar cada dia mais àquele mundo sem sal.
estava preso às coisas perdidas e a angústia lhe tinha tomado
o anseio por liberdade.
a memória do que se sentia (e sentia apenas) parecia
ferir algo nele que já não pulsava mais.
Owen havia esquecido que a vida ao seu redor
não era para fazer sentido.
mas, para ser sentida.
estava preso às coisas perdidas e a angústia lhe tinha tomado
o anseio por liberdade.
a memória do que se sentia (e sentia apenas) parecia
ferir algo nele que já não pulsava mais.
Owen havia esquecido que a vida ao seu redor
não era para fazer sentido.
mas, para ser sentida.
Lenina
em tempos tão difíceis como aqueles, Lenina respirava saudade.
se apegava às lembranças de um tempo bom,
porque tudo ao seu redor já estava morto.
sentia que respirar saudade era melhor que
respirar aquele ar pesado de um porvir sem esperança.
ao menos, assim, sentia que ainda pulsava.
se apegava às lembranças de um tempo bom,
porque tudo ao seu redor já estava morto.
sentia que respirar saudade era melhor que
respirar aquele ar pesado de um porvir sem esperança.
ao menos, assim, sentia que ainda pulsava.
domingo, 10 de fevereiro de 2008
sobre o desenhista
vou me partir em mil
e te oferecer as partes mais bonitas:
a pinta perto do mamilo
o furo no lábio inferior
um pedacinho da minha coxa.
o que você quiser.
e só vou pedir em troca
um beijo.
e te oferecer as partes mais bonitas:
a pinta perto do mamilo
o furo no lábio inferior
um pedacinho da minha coxa.
o que você quiser.
e só vou pedir em troca
um beijo.
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
e daí, hoje de manhã,
enquanto eu trocava de roupa pra ir pro meu
emprego não-remunerado,
eu ouço essa música no rádio:
Fim de expediente cinco e meia
Cartão de ponto, operários
Saem da fábrica cansados da exploração
Oito horas e de pé
E de pé na fila ônibus lotado
Duas horas em pé ou sentado
Vida de operário
Vida de operário
Vida de operário
Braços na máquina operando a situação
Crescimento da produção
E o lucro é do patrão
Semana é do patrão
Ganância é do patrão
Pato Fu - Vida de Operário
enquanto eu trocava de roupa pra ir pro meu
emprego não-remunerado,
eu ouço essa música no rádio:
Fim de expediente cinco e meia
Cartão de ponto, operários
Saem da fábrica cansados da exploração
Oito horas e de pé
E de pé na fila ônibus lotado
Duas horas em pé ou sentado
Vida de operário
Vida de operário
Vida de operário
Braços na máquina operando a situação
Crescimento da produção
E o lucro é do patrão
Semana é do patrão
Ganância é do patrão
Pato Fu - Vida de Operário
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
da lembrança descabida
(ou da saudade que não se pronuncia)
isso de querer ser
exatamente aquilo que a gente é
ainda vai nos levar
além.
paulo leminski
Assinar:
Postagens (Atom)