quinta-feira, 27 de março de 2008

da proporção

depilou pernas e virilhas.
escolheu a saia ideal, leve, fina e com movimento,
e que, sobretudo, permitia movimento.
calcinha e sutiã pretos.
o sapato, fácil de tirar.
Joana tinha conseguido, finalmente, marcar um encontro com o flerte que desejava devorar há semanas. Tomariam umas cervejas e o depois disso ainda estava nas entrelinhas.
Se encontraram, enfim. Algumas conversas retomadas, beijos e carícias. Sem planos para o depois, caminharam para o ponto de ônibus. Joana vê um posto de gasolina e logo pede companhia até o banheiro. Ele, pensando em como as mulheres não seguram nunca a bexiga, não diz nada e a acompanha.
Joana entra no banheiro, olha pra ele e espera algum sinal de sintonia de desejos, mas, nada recebe de volta. Então, ela puxa ele com firmeza para dentro do banheiro e, entre beijos e mordidas, movida por um tesão contido por semanas, estava decidida a trepar ali mesmo, naquele banheiro abandonado e sujo do posto de gasolina.
Joana tira a calcinha e, encostada na pia do banheiro, enlaça seu flerte com as pernas.
Ele pára. E nada faz.
Ela desliza as mãos para dentro de suas calças e sabe que ele brochou.
Joana guarda a calcinha dentro da bolsa e, em silêncio, abre a porta do banheiro, acende um cigarro e caminha, sozinha e sem olhar pra trás, até o ponto de ônibus.
A única coisa que consegue pensar é que nunca deveria investir em homens menores que ela.

3 comentários:

Anônimo disse...

Menores de altura? hehe

angelica duarte disse...

menores em tudo, Joana diria. :)

hohoho

Anônimo disse...

http://www.caracol.imaginario.com/estorias/index.html