terça-feira, 22 de julho de 2008

ébrios amantes II

tinham desejos contorcidos, palavras ácidas de dores escondidas, doçuras tão mentirosas. eram poros, mãos e línguas orientados pelo torpor de uma vontade que não se pode compreender. eram movimentos bruscos de sutilezas embriagadas. era a urgência de pé, na sua frente, pedindo pra te engolir. era de um calor tão intenso, que o azul das chamas denunciava o gelo que estava por vir. e entre os ruídos do rastejar de lençóis, ouviu-se o gemido do gozo solitário, e a lágrima silenciosa ficou pela penumbra.

Um comentário:

Eduardo Ferreira disse...

essa sequencia está ficando marota.